sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Fez se então a chuva e a vontade de ficar
pela ingênua voz cortante da lua
calei-me e sentei
E minha saliva fez molhar o pão
e a porta a fechar o vão

Fez se a febre nos lençóis
a febre que mata dois a sos
que destila o sangue no grito da epiderme
e a chuva persiste e chama o trovão
e a lua se apaga só nos resta o clarão

Fez se o sono em nossos corpos
o os sonhos na cabeça a visitar
o cobertor se fez menor
embaixo do travesseiro a contradição
em cima da cama a benção

Nenhum comentário: