sábado, 22 de novembro de 2008

L.


Não era belo como a rosa
mas não tinha sequer um espinho
era um corpo de um verde violento
e me falava de seu suor
e de seu tom que ressoava
Sonolento

Era feito de poeira do tempo,
ouvia os velhos sábios,
Mas, nem se quer era real
porém sóbrio, pálido
era puro como toda água
que por ser água é mineral

E também era inspiração
e em minha boca
Virara verso, trova, ou composição.
Tinha dentro de si um outro eu contido
e mais mil almas que o rondavam
e o deixava perdido

E eu o vi em sépia
E antes monocromático
só podia saber que se encontrava
sentado estático
a se ler em escritas mambembes
de alguém que o guarda em memória.

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