
Vadia tarde
Vadia mulher que se deitou em meus braços
Vadia lua que se pos em seqüência tornando tudo mortal
Vadia rua que levou a eloqüência, portão de todo animal
Vadias tuas pernas que correram sem ter dó
Vai dia, acaba em outros términos de dor
Vai dia, encontra em outros olhos mais calor
Vai dia, luta pra outro dia desvanecer
Vai dia, empurra mais um luar pra amanhecer
Vai dia, cura todo pecado que adormeceu
Valia culpa de o encarnado entardecer
Valia o ministério de outro corpo aparecer
Valia misérias desesperadas só pra te ver
Valia um pranto, um desencanto
Valia magoa, um copo d’água pra eu não morrer
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