Se chamava Lucas, Rafael...
Não sabia ao certo teu nome.
Talvez fosse até ontem sem nome em minha memória
Talvez fosse Henrique teu nome. E eu andei te escrevendo
Incessante, árdua e afetuosamente...
E andei derramando lagrimas sobre tuas linhas
E achando graça de teu caminhar
Moravas no Chile, na Áustria,
Esses tempos esteve em New York
Esteve na África comigo
Nas mais turvas choupanas
Ajudando famintos, miseráveis, ensinando pequenos a ler teus gestos
Esteve comigo na praia, em alguma deserta duna
Mas logo ia-te, e me deixava sozinha de novo
Te apegava ao violão, á televisão
Te apegava á minhas mãos, e andava comigo
Mas nunca soube quem eras...onde ias, o que queria de mim
Esteve comigo na dor e na sorte ...mas nunca me tocou
Nunca onde outros não podiam...
E um dia, vi teu nome, teu endereço, tuas pegadas...vi em teu gosto meu gosto
E senti tocar meu imaculado calcanhar de Aquiles...eras tu, Anjo, tinhas um nome, era amor.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Sacrifício
Vamos ao nosso sacrifício, amor
Matar o resto de saudade que já nem vale tanto a pena
Eu errei todas as vezes em que te feri com meu sorriso
Eu errei todas as vezes que pensei que podia te amar
E meu sacrifício maior foi teu choro
Minha sentença era te perder
Eu sempre soube disso
Perdi-te pro tempo
Para teus livros
Para tua nostalgia
Perdi-te pra uma cidade
Para uma vontade
Para o mundo inteiro
Vamos ao nosso sacrifício, amor
Amo-te ainda, sendo que não mais te amo
Por tanto te amar, prefiro não mais amar
Não pode ser rosa aquilo que é azul
Nem tão pouco pode ser meu sorriso o teu
Desculpe amar-te tão de leve, tão leviano
Desculpe querer-te tão pequeno, tão insano
Não quis, amor, que fosses quem fui
Não quis, amor, que risses como ri
E quis mais que tudo que fosses
Algo que eu não soubesse
Quis mais que tudo que fosses
Algo que não existisse.
Matar o resto de saudade que já nem vale tanto a pena
Eu errei todas as vezes em que te feri com meu sorriso
Eu errei todas as vezes que pensei que podia te amar
E meu sacrifício maior foi teu choro
Minha sentença era te perder
Eu sempre soube disso
Perdi-te pro tempo
Para teus livros
Para tua nostalgia
Perdi-te pra uma cidade
Para uma vontade
Para o mundo inteiro
Vamos ao nosso sacrifício, amor
Amo-te ainda, sendo que não mais te amo
Por tanto te amar, prefiro não mais amar
Não pode ser rosa aquilo que é azul
Nem tão pouco pode ser meu sorriso o teu
Desculpe amar-te tão de leve, tão leviano
Desculpe querer-te tão pequeno, tão insano
Não quis, amor, que fosses quem fui
Não quis, amor, que risses como ri
E quis mais que tudo que fosses
Algo que eu não soubesse
Quis mais que tudo que fosses
Algo que não existisse.
sábado, 14 de novembro de 2009
Hino de Minha Alma
Hino de minha alma, são tuas palavras que resvalam macias
Crespas, e famintas de olhares, quando ousas falar.
Mudo és a margem de um rio, onde meu barco fez bagunça
És uma celeste súcia de minhas vontades caladas
Hino de minha alma, minha marcha é a dança de tuas mãos
E teu sorriso é minha bandeira, que adoro hastear
Teu corpo é o território pelo qual luto
Território que desbravo dia-a-dia com as mãos que me foram dadas.
Hino de minha alma, te canto em arcano para não te povoar.
Para que tu minha republica não te tornes um vilarejo
Onde barcos viageiros acabem por aterrar
Pois não quero outras mãos cultivando a terra que é minha.
Hino de minha alma, procurei outras pátrias
Mas foi em teu leito que repousei pacífico e estremecido
Em tuas planícies indígenas que eu me descobri
E parei de navegar quando construí em tuas janelas meu atestado de saudade.
D.Czarnecki
Crespas, e famintas de olhares, quando ousas falar.
Mudo és a margem de um rio, onde meu barco fez bagunça
És uma celeste súcia de minhas vontades caladas
Hino de minha alma, minha marcha é a dança de tuas mãos
E teu sorriso é minha bandeira, que adoro hastear
Teu corpo é o território pelo qual luto
Território que desbravo dia-a-dia com as mãos que me foram dadas.
Hino de minha alma, te canto em arcano para não te povoar.
Para que tu minha republica não te tornes um vilarejo
Onde barcos viageiros acabem por aterrar
Pois não quero outras mãos cultivando a terra que é minha.
Hino de minha alma, procurei outras pátrias
Mas foi em teu leito que repousei pacífico e estremecido
Em tuas planícies indígenas que eu me descobri
E parei de navegar quando construí em tuas janelas meu atestado de saudade.
D.Czarnecki
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
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