Ela o chama: -Vem pra cama!
Ele aceita, é ela a eleita
Ela na chama, e ele a espreita
Ele arruma o travesseiro, e ela se ajeita
Bate a cinza no cinzeiro
Ela não está satisfeita
Ele tem sono e ela a dormir se rejeita
Ela se vira de costas, ele não percebe sua cara mal feita
Bate o sol na janela é o dia que nasce
Ele se acorda, ela sorri e se deleita
Ele sonolento, ela o peita
É hora de ir trabalhar, a ceia está desfeita
Ele bate o portão ao sair, ela puxa o lençol a cobrir
Mas os gritos do corpo dele, a mente dela desajeita
Ela procura outra cama e nela se deita
Ela também não é perfeita
sexta-feira, 20 de março de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
Quem sou eu
O artista de fome
O poeta sem nome
A voz desclassificada
A porta
A fachada
O incerto e o temor
Na boca sou o amargo sabor
O teu beijo roubo sem amor
Minhas saias tiro sem pudor
Nao sou cristo
Nao sou redentor
Sou o perdido
O breve
O manso desconcerto leve
Permaneço porém nao estou
Sou o maçarico a queimar palavras
de um velho mundo em seu ouvido
Sou aquele que a noite se sente
Acuado
Banido
O poeta sem nome
A voz desclassificada
A porta
A fachada
O incerto e o temor
Na boca sou o amargo sabor
O teu beijo roubo sem amor
Minhas saias tiro sem pudor
Nao sou cristo
Nao sou redentor
Sou o perdido
O breve
O manso desconcerto leve
Permaneço porém nao estou
Sou o maçarico a queimar palavras
de um velho mundo em seu ouvido
Sou aquele que a noite se sente
Acuado
Banido
Assinar:
Postagens (Atom)